Uma foto das Mil Milhas de 1966, feita pelo meu primo Chico. Como já contei aqui no blog, nós desciamos no barranco do Pinheirinho e ficávamos bem ao lado do asfalto. Coisa de moleque sem responsabilidade mesmo.
Nessa foto, acho que era o Moco que estava guiando.
Eu e meu primo andávamos a corrida toda pela pista. Furávamos o esquema de segurança e entrávamos no box com uma câmera de fotografia não muito maior que uma Xereta ou Kodak Rio 400. Câmera de criança.
Dois moleques de 14 ou 15 anos. Quando alguém perguntava o que estávamos fazendo no box, vinha a resposta:
(meu primo) - Sou fotógrafo!
(eu) - Sou assistente de fotógrafo!
Imediatamente nos colocavam para fora. Imediatamente furávamos novamente o bloqueio e voltávamos.
Em uma dessas corridas, estávamos na Curva 1, quase dentro da pista quando veio a polícia com a educação e cortesia daqueles tempos de ditadura e colocou-nos gentilmente para fora do autódromo. Eram alguns policiais à cavalo que delicadamente foram nos empurrando com o focinho dos quadrúpedes.
A vantagem é que Interlagos era cercado por arame farpado, não tinha muro. Foi só os policiais fazerem meia-volta que nós entramos novamente para a pista.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
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2 comentários:
É incrível como todos nós, apaixonados desde criancinha por carro de corrida fomos tratados naquele lugar mágico que chamamos de Templo.
O descaso e arrogancia que todo tipo de porteiro, guardinha, segurança e assemelhados sempre trataram quem ama aquilo tudo. As autoridades desportivas e seus asseclas, então, sem comentários.
Mas nós, velhos apaixonados teimosamente ainda insistimos.
Nas MM, estaremos lá de novo. Apanhando e pagando pra ser feliz.
Abraço, Aroldo.
Claudio Ceregatti
Comendador, essa é a diferença. Nós vamos lá pq amamos corrida. Eles vão contra a vontade. Percebe a vantagem que nós levamos?
abs e obrigado pela visita.
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